1. GLAUCO DE SOUZA SANTOS, Coordenador Pedagógico e Professor de História
  1. Instituto São José – São José dos Campos, SP, Brasil.
  1. Uma inversão da sala de aula: estudando os regimes totalitários pelo modelo de sala de aula invertida”
  1. 9º ano do Ensino Fundamental II

História

Início: 01 de junho de 2016

Final: 15 de junho de 2016

 

  1. Competências:

– Reconhecer o papel da propaganda de massa nas sociedades históricas;

– Valorizar e respeitar as diferenças de variadas naturezas que caracterizam os indivíduos e os grupos sociais;

– Reconhecer o respeito aos valores humanos e à diversidade sociocultural como fundamento da vida social;

– Identificar relações sociais e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;

– Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;

– Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar;

– Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais;

– Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;

– Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades.

 

Habilidades:

– Identificar as características de um regime totalitário;

– Diferenciar as práticas dos regimes totalitários e dos regimes democráticos;

– Analisar as consequências que os regimes totalitários trouxeram para o mundo.

 

Conhecimentos:

– Regimes totalitários: fascismo e nazismo;

– Propaganda e educação como instrumento de poder;

– Esportes como força de propaganda de governo.

 

  1. Descrição da atividade:

Objetivo: Entender a função da propaganda e da educação para os regimes totalitários (Fascismo e Nazismo).

Metodologia da atividade: Flipped classroom

Justificativa: Muitos alunos já assistiram filmes, documentários ou leram na internet sobre o nazismo e Adolf Hitler, porém muitos deles não entendem porque milhares de pessoas seguiam o ideal nazista e idolatravam Hitler, mesmo ele tendo cometido atrocidades e desrespeitado os direitos humanos. A proposta desta atividade é auxiliar o aluno a compreender a máquina de propaganda e educação criada pelos nazistas na Alemanha e pelos fascistas na Itália como forma de lavagem cerebral nas populações dos respectivos países.

A atividade – passo a passo:

  1. Antes da aula: Assistir a uma vídeo-aula produzida pelo professor sobre o tema: https://www.youtube.com/watch?v=GXqDKBo15h4

 

  1. Na sala de aula:

– 2 estações de atividades sobre a vídeo-aula:

ESTAÇÃO 1: atividade individual

– responder a um questionário sobre o tema da vídeo-aula

ESTAÇÃO 2: atividade coletiva

– pesquisar na Internet, em duplas ou trios, usos do esporte como propaganda dos governos atuais, ou propagandas do governo que enaltecem o nacionalismo, o patriotismo.

– discutir entre si como se dá o uso desses meios para auxiliar o governo em questão.

– escrever um relato sobre estas propagandas.

 

Papel do professor:

– Produtor da vídeo-aula;

– Orientador na sala de aula;

– Avaliador das atividades e do desempenho dos alunos.

 

Duração:

– 1 aula de 50 minutos

 

Recursos:

– Tablet ou computador;

– Internet;

– Youtube, blog, sites de busca;

– Sala de informática;

– Livro e caderno.

 

Fotos:

Alguns alunos assistiram novamente à vídeo-aula para recuperar o conteúdo. Outros trouxeram de casa as anotações que fizeram sobre a vídeo-aula.

 

As perguntas para a Estação 1 foram projetadas na TV.

Métodos avaliativos:

– Questionário sobre a vídeo-aula: desta forma consigo perceber se ele atingiu o objetivo da atividade;

– Pesquisa direcionada relacionando o tema estudado ao uso da propaganda e dos esportes pelos governos atuais: desta forma, posso perceber não só se o aluno compreendeu o conteúdo, mas se ele é capaz de relacioná-lo com outras situações de seu cotidiano. Assim, o conteúdo passa a ter relevância na vida do aluno.

 

Avaliação dos alunos após a atividade:

Foram selecionados alguns critérios importantes a serem desenvolvidos pela atividade, além das competências e habilidades. Para cada critério foi atribuída uma nota de 1 a 5 para cada aluno, sendo 5 a nota maior. Essa avaliação foi feita em cima das respostas e da participação do aluno durante a atividade.

  1. Referências

A sala de aula invertida encontra-se na prática de metodologias ativas onde o aluno é desafiado, por meio da prática, a buscar soluções a partir de questionamentos e problemas lançados pelo professor ou surgidos na própria sala de aula. Além da sala de aula invertida, esta atividade contou com o modelo de rotação por estações, onde os alunos puderam desenvolver duas atividades diferentes em sala de aula sobre o mesmo tema. Com abordagens diferentes, os alunos puderam exercitar aquilo que aprenderam em casa de dois modos diferentes, ampliando sua capacidade de aprendizado.

 

  1. Avaliação da experiência:

Produção da vídeo-aula:

Pela primeira vez me aventurei em produzir e editar uma vídeo-aula para que os alunos pudessem ter acesso a um conteúdo selecionado em casa. A experiência foi produtiva no sentido de que aprendi a selecionar quais conteúdos são mais relevantes aos alunos, a organizar um roteiro de fala que pudesse ser objetivo e com profundidade ao mesmo tempo, além de imagens e vídeos que pudessem ilustrar aquilo que narrava durante o vídeo.

Atividade:

A atividade em sala de aula, no modelo de rotação por estações foi mais produtiva uma vez que os alunos já tiveram acesso ao conteúdo. Muitos alunos afirmaram que puderam assistir ao vídeo várias vezes, pausarem ou assistirem a alguma parte repetidas vezes. Eles afirmaram que essa possibilidade fez com que entendessem melhor o conteúdo, principalmente porque puderam aprender no seu ritmo.

Em sala, os alunos puderam aprofundar no conteúdo já que tinham contato com o tema em casa. Se os alunos não tivessem o contato com o conteúdo em casa, eu precisaria ter feito a explicação sobre o conteúdo em sala, o que seria de forma mais superficial, pois os alunos estariam sendo expostos àquela informação pela primeira vez. Desta forma, pude aprofundar e exigir competências mais proficientes em sala.

A sala de aula invertida nesta atividade, portanto, propiciou dois movimentos: que o aluno aprendesse no seu ritmo e revisse o conteúdo mais vezes e que em sala ele pudesse se aprofundar no tema.